Confira “Ayó” e “Awavena”, do álbum “Vozes”, que chega oficialmente dia 03 de dezembro
Dedicar-se à cultura psicodélica exige sensibilidade em captar as influências da natureza, sejam elas materiais ou espirituais, e traduzir toda a sua abundância de significados, ensinamentos e conexão genuína através da música. Ekanta, que trilha este caminho há mais de 20 anos, pegou das vozes, dos rezos, dos cantos de cura e proteção a inspiração para produzir o álbum “Vozes“, a ser lançado em breve, no dia 03 de dezembro, no selo Vagalume Records.
O projeto, que sucede seu primeiro LP “Raízes Eletrônicas“, de 2015, chega para nós a partir dos processos de Ekanta com medicinas sagradas da natureza e curas pelo som durante este período pandêmico. São ferramentas que proporcionam conexões profundas com nossa espiritualidade, protegidas por povos que possuem sabedoria ancestral e que reconectam uma pessoa com a pura felicidade — esta que nada tem a ver com os moldes de felicidade vendidos no Instagram.
Isso tudo foi colocado no álbum como uma forma de retransmitir alegria em um período tão difícil para todos que se identificam com a cultura psicodélica. Ekanta produz música de maneira particular, intuitiva e espiritual: “uma voz que você escuta aqui, outra lá, e a criatividade vai fluindo, o caminho se abrindo e todo este contexto está conectado com minhas próprias vivências no momento”, comenta.
Antes de descobrirmos a completude do que Ekanta preparou para dezembro, a artista, que já completa mais de 20 anos de carreira e que já reverberou sua visão musical para os maiores refúgios de música psicodélica do mundo — Boom Festival, Voov, Montemapu e Tundra, para citar alguns — deixou dois poderosos spoilers: os singles “Ayó” e “Awavena”.
Após consulta com um de seus guias a fim de encontrar ideias de nomes em Yorubá que se relacionassem a crianças e alegria, “ohun Ayó” (ou “som de alegria”) foi a referência escolhida por Ekanta para dar nome ao primeiro single de “Vozes”. O contexto se explica: a DJ e produtora goiana conviveu com crianças da aldeia Mizumuia, em Moçambique, e saiu inspirada com tudo o que presenciou. “Ayó”, produzida em parceria com Thales Dumbra — conhecido DJ, produtor e engenheiro de áudio do cenário psicodélico — mostra as próprias vozes das crianças da aldeia em meio a beats pulsantes e sons da natureza.
Em seguida, “Awavena”, título que se refere à leveza da borboleta segundo os Yawanawá, é oficialmente seu segundo single e traduz o respeito de Ekanta pelos povos indígenas da Amazônia — explicitamente, também, pela própria floresta — através de uma visão musical étnica poderosa, com direito a vocais que, posicionados sonoramente como numa grande arena, trazem profundidade e catarse à embalagem psicodélica dançante.
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