A missão da recém-criada editora HUB Publishing é mudar a atual realidade dos artistas de música eletrônica brasileiros – os quais, em sua maioria, não registram suas músicas no ECAD e associações, perdendo assim a arrecadação dos direitos autorais advindos de sua execução
A HUB Records, gravadora brasileira de música eletrônica, acaba de se associar a Warner/Chappell Brasil e fundar a HUB Publishing – editora musical criada com o objetivo de organizar a vida dos DJs e produtores musicais eletrônicos frente ao ECAD e suas associações (no Brasil) e demais órgãos pelo mundo.
O serviço da HUB Publishing será de organizar a parte burocrática do registro das músicas no ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) através de suas associações, arrecadar e distribuir os ganhos da execução das músicas em shows ao vivo, na mídia e nos games, além de ativamente buscar oportunidades para a inserção das músicas em produções audiovisuais, como comerciais, programas de TV, filmes, etc.
“Para nós da Warner/Chappell é uma honra e uma alegria muito grande estabelecer essa parceria com a HUB para os próximos anos, HUB que é reconhecidamente uma das maiores gravadoras de música eletrônica do mundo e a maior da América Latina. Estar junto nesse novo desafio que é ser o braço autoral da HUB, nos enche de orgulho e acredito que escreveremos uma linda história daqui pra frente, assim como foi feito com a parte fonográfica” disse Marcel Klemm, Diretor Geral da Warner/Chappell Music Brasil.
Diferente dos ganhos do fonograma, ou seja, a música gravada e produzida, os quais são geridos por uma gravadora, a editora HUB Publishing cuidará dos direitos autorais dos autores/compositores das músicas, e o fato curioso (e oportuno) é que normalmente o artista da música eletrônica é um “combo” de autor/compositor e produtor musical – dessa forma a HUB Publishing irá dobrar as fontes de ganho desse profissional.
“Percebemos que a imensa maioria dos DJs e produtores musicais do nicho eletrônico que lançam suas faixas conosco desconhece o fato de que, além do dinheiro que se ganha pelo play de suas músicas nas plataformas digitais (Spotify, Youtube, etc), existe também uma fonte de renda oriunda da autoria da obra musical, recolhida pelo ECAD (e associações) e paga às editoras musicais” comenta Felippe Senne, sócio-fundador e diretor de A&R da HUB.
A associação das empresas visa também a execução de projetos especiais. Um deles seria um “camp” de composição de novas músicas, misturando tanto os artistas (DJs e produtores musicais) do network da HUB, quanto compositores, cantores, rappers e músicos do universo da Warner/Chappell, para que novas músicas nasçam a partir dessas imersão presencial – indo contra a maré de se trabalhar apenas remotamente nas colaborações.
A HUB Publishing tem a ambição de também formar um cast de compositores e vocalistas, para colaborar no dia-a-dia com os artistas da música eletrônica que carecem de material para produzir suas tracks, além de poder investir e arrecadar os frutos dessas colaborações junto ao ECAD e associações.
Além disso, outro diferencial da HUB Publishing será o acesso a todo o catálogo mundial de obras da Warner/Chappell para ser utilizado pelos artistas da música eletrônica em regravações e remakes (devidamente autorizados e licenciados) de grandes clássicos na roupagem da dance music dos dias de hoje.
“Acredito que os direitos de todos os artistas devem ser cuidados, assim como o direito artístico, o autoral também é muito importante e nossa missão com a HUB Publishing é educar, preservar e mostrar esses direitos podem e devem ser uma boa fonte de renda dentro das linhas de receita de um artista/autor. Sendo assim é um prazer dar mais esse passo com a HUB, que agora segue sendo sócia da Virgin Musical Brasil para os os seus fonogramas, e tendo agora o suporte da Warner Chappell para o autoral também no Brasil e no mundo” complementa Rafael Brahma, sócio-fundador e diretor comercial da HUB.
A Warner/Chappell Brasil, sob a gestão de Marcel Klemm, em apenas dois anos tornou-se a maior editora musical em atividade no mercado brasileiro, além de ter 52 escritórios pelo mundo para atender e recolher os direitos dos autores globalmente.
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