O parque abrirá em completude para receber, além de Ryan, Aninha, Rodriguez Jr. e Markus Sommer no dia 6 de setembro
Rodrigo Airaf
Apresentando uma mentalidade focada na qualidade de entrega em todos os eventos, o Surreal Park reafirma-se como aquele lugar onde você pode sempre esperar encontrar algo diferente. Pode ser no lineup, nas modulações do amplo espaço do parque, nas diferentes temáticas das festas… a certeza é sempre a novidade. Agora chegou a vez de mais um lineup de peso se apresentar em Camboriú.
Encabeçado por atrações nacionais e internacionais, contando ainda com um showcase do núcleo TheleMusick, a festa Subversus vai tomar conta do rolê na véspera de feriado, 6 de setembro, e trazer aos palcos Ryan Elliott, Rodriguez Jr., Markus Sommer, Aninha, Cailoo, Dee Bufato e Gabriel Alves. Tem que ter fôlego para curtir tantas possibilidades, mas uma que chamou bastante a nossa atenção foi o DJ e produtor norte-americano Ryan Elliott.
Com algumas passagens pelo Brasil no seu currículo de apresentações, Ryan nasceu e cresceu em Detroit, berço do Techno. Ele foi de um pólo dançante ao outro, pois mora hoje em Berlim, onde cumpre residência no famigerado Berghain/Panorama Bar, complexo clubber praticamente mitológico da música eletrônica. Techno pode parecer uma exclusividade repertorial dele. Pelo contrário, Ryan é um desbravador musical e pode passar por House, Minimal, Techno, Tech House de maneira bem estruturada.
Essa mágica dele nos decks vem de sua sensível relação com os centros urbanos. Ryan Elliott recusa os rótulos, com a única certeza de fazer dançar. Sua longa carreira, que inclui lançamentos em selos referenciais, como a Kompakt, lhe deu estímulo e experiência suficientes para criar sua própria label, a Faith Beat, em 2019. Por lá, ele lança EPs raramente, mas com substância, a exemplo de Marcel Dettmann.
A energia deste artista é tão imprevisível que até mesmo em seu set recente via Boiler Room no festival Glitch, em Malta, Ryan mostra um lado mais direcionado para vertentes de BPM mais alto. Ele não esquece, entretanto, de alguns timbres clássicos da dance music, mixagens perspicazes e de fazer uma apresentação no estilo storytelling. Com sua vinda ao Brasil, esperamos uma sensação de jogar em uma loteria; a diferença é que com o Ryan os clubbers sempre ganham.
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