PLASTIK GALAXY – REBELDES DE PORTUGAL CONQUISTANDO OUTRAS GALÁXIAS

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PLASTIK GALAXY – REBELDES DE PORTUGAL CONQUISTANDO OUTRAS GALÁXIAS


Fomos até Portugal para conhecer mais a fundo o trabalho de uma das empresas mais respeitadas da cena eletrônica europeia, a Plastik Galaxy

A Rádio Tecno House foi até Portugal para conhecer mais a fundo o trabalho de uma das empresas mais respeitadas da cena eletrônica europeia, a Plastik Galaxy. Baseada em Lisboa e comandada por Filipe Martins (artisticamente conhecido como Dub Tiger) e Fernando Rodriguez, a PG traz em seu portfolio divisões como agencia de DJs, gravadora, produção de eventos e curadoria artística de um dos clubs mais importantes de Lisboa, o Kremlin.

Além de DJ e produtor, Dub Tiger também é A&R da gravadora Plastik Galaxy, curador do Kremlin e se descreve como “uma alma inquieta numa mente musical que se expressa em pleno na cabine”. Já tocou em inúmeros eventos relevantes, a destacar BPM Festival (Portugal), Brunch Electronik (Lisboa), Sankeys (Ibiza), Egg (Londres), D-Edge (São Paulo), The House of Weekend (Berlim), Eden (Ibiza) e Story Open Air (Alemanha) entre muitos outros.

Conversamos com ele sobre a empresa, os desafios, sua carreira, musica e o caminho do sucesso que vem tendo no Mercado Português nos últimos anos.

Rádio Tecno HouseI: Sabemos que a Plastik Galaxy começou suas atividades em 2008 quando trouxeram o Dusty Kid para tocar em Lisboa. Depois veio a gravadora, as festas, o Kremlin em 2016 e a agencia de DJs em 2019. Como foi esse caminho? Quais foram os principais desafios?

Como em, qualquer outra área, os desafios são sempre mais que muitos quando se decide entrar no caminho de empreendedor. Ninguém vai depositar o seu salário no final do mês, tem de ser você a correr atrás, mas como quem corre por gosto não cansa, aqui estamos nós com a Plastik Galaxy a dar cartaz, tanto em Portugal como também por todo o mundo. A curadoria do Kremlin acabou por vi trazer um grande impulso e visibilidade a toda a estrutura da PG, mas tivemos que acordar esse monstro adormecido por tantos anos.

Rádio Tecno House: Fundado em 1988, o icônico club Kremlin se transformou em um pilar da historia da musica dance europeia e uma das maiores referências noturnas de Portugal. Muitos anos depois, em 2016, vocês foram chamados para assumir a curadoria do clube e traze-lo de volta a vida apresentando nomes fortes como Alan Fitzpatrick, Andrea Oliva, Art Department, Carlo Lio, Chus & Ceballos, Deborah De Luca, Dennis Cruz, Dennis Ferrer, Dubfire, Joris Voorn, Monika Kruse, Nathan Barato, Oxia, Paco Osuna, Stefano Noferini, Technasia e Waff entre muitos outros. Como isso aconteceu e como foi essa trajetória até o sucesso que estão a ter hoje?

Como disse a atrás por outras palavras, nada se conquista se não corrermos atrás com muita perseverança. No caminho que vínhamos seguindo dos eventos REBELS, surgiu a oportunidade de agarrarmos mais esse desafio. Até à data foram mais de 70 artistas internacionais e nacionais e abrimos muitas portas para o talento local, que foi sempre uma das minhas metas quando numa posição de decisão, mas nunca esquecendo que um club não se aguenta com esta trajetória, tem de se construir bases de fieis ao club e não apenas ao line up, é nesse ponto que estamos e com uma taxa elevadíssima de turistas que nos procuram cada vez mais.

Rádio Tecno House: A PG hoje tem no portfolio uma gama de “party brands” sendo a REBELS a de maior projeção tendo sido realizada em antigos conventos, castelos, estádios, praias e diferentes países. Fale um pouco dessas festas e os conceitos que estão a seguir com elas.

Com a mesma linha de pensamento que referi na pergunta anterior, olho nos artistas internacionais que se enquadram na nossa linha musical, nunca esquecendo o talento nacional, juntado o mais ínfimo pormenor no que diz respeito á produção de um evento, de forma a criar uma identidade que para mim é apenas uma, as pessoas se soltarem. As pessoas saem para esquecerem a rotina e questões do dia a dia, é isso que que queremos proporcionar nos nossos eventos, experiencias que registem boas memórias para a vida.  

Rádio Tecno House: Outro sucesso recente do Kremlin, são as festas Lost Frequency, que já aconteceram em vários países do mundo sempre capitaneadas por Rod B. Fale um pouco desses eventos que estão trazendo cada vez mais DJs brasileiros ao club (Handerson, Tresler, Undernoiz3, Thimo, Toksam, Mauricio Lage, Art In Motion) e a importância dessa aproximação Brasil/Portugal.

Acontecem porque não nos baseamos apenas no que a industria nos “impõe”. Nestes 6 anos de Kremlin abrimos porta a muitos conceitos e artistas, alguns já conhecidos outros demos as primeiras oportunidades. Neste caso em especifico, sabemos que a comunidade brasileira em Portugal é muita, queremos apostar em tudo o que disse mas tem de haver retorno para podermos continuar com a tal porta aberta.

Rádio Tecno House: Falando um pouco de sua carreira como DJ, conte-nos um pouco da trajetória do Dub Tiger e em que momento musical você se encontra com suas atuações e produções?

Um caminho com muito trabalho mas muito gratificante. Tenho sentido um grande reconhecimento, a par com os outros projetos em que me encontro (Kremlin, Plastik Galaxy). Para mim a musica tem de ser simples, tem de chegar às pessoas de uma forma que elas sintam o que quero transmitir sem muitos rodeios. A minha residência no Kremlin e na Rebels  tem tido cada vez mais seguidores e as datas pelo estrangeiro continuam a acontecer com bastante frequência. Actuei no DreamBeach em Villaricos para mais de 20.000 pessoas, estive em Ibiza no IT e Tantra, Dusseldorf, Athenas, Basileia e preparo neste momento uma Tour para Janeiro de 2023 a passar por Mexico, Miami e Nova Iorque. Este ano foi um ano quase nulo na produção musical, tive de me empenhar ao máximo no Kremlin e n PG para sair da lama pandêmica, o que não deixou tempo para o estúdio.



Rádio Tecno House: Além das apresentações como DJ e horas de estúdio produzindo musica, como consegue administrar seu tempo com tendo tantas outras funções ao mesmo tempo principalmente as de A&R da gravadora e curador de eventos?

Muita concentração e foco no que se quer na vida. O querer muito ser DJ, fez com que envolve-se em todas as outras vertentes da industria. Vencer nesta área não é fácil e por vezes temos de ser nós a criar as próprias oportunidades. Não é fácil gerir tudo mas faço com muito amor. 





Rádio Tecno House: Falando sobre a gravadora, em qual direção a Plastik Galaxy esta indo, os sucessos e quais são as novidades que vem por aí?

Temos tido muito boa apreciação ao nosso catalogo, inclusive pelos grandes nomes da cena. O nosso ultimo álbum de vários artistas inclui nomes como Carlo Lio, Francisco Allendes, Martin Buttrich, Stefano Noferini entre muitos outros. O que por aí vem, só pode ser melhor, fiquem atentos.

Rádio Tecno House: Você já esteve no Brasil tocando em festivais relevantes como o Euphoria e Playground assim como em clubs underground importantes como D-Edge (SP) e Fosfobox (RJ). Como foram essas experiências e como vê o publico brasileiro?

O máximo né 😉 .  É um publico muito caloroso, e não me refiro apenas ao clima, mas sim à cultura. Adorei cada segundo.

Rádio Tecno House: A agencia de DJs tem no seu roster artistas locais e internacionais como Paul Darey, WLA Garcia, Rod B. (nosso “embaixador” em Portugal), Dexx, Guidance, Stefano Noferini, Ornella, Ricardo Ferro, HITO, Wiseguys from Lisbon, Alex Pereira, Paulo Morenoe John Acquaviva e você. Conta para a gente como foi construir esse roster eclético e a estratégia que estão usando com os bookings desses artistas?

É o resultado das ligações que se vão construindo ao longo do tempo juntando sempre sangue novo. O mercado da musica eletrônica em Portugal não é assim tanto, temos coisas de muita qualidade mas poucas, por isso nem sempre é fácil. Usamos bastante a nossa estrutura, o Club os eventos, de forma a rodar os artistas e dar visibilidade para fora.

Rádio Tecno House: Como você vê a cena eletrônica underground de Portugal hoje e quais seriam os artistas que o publico brasileiro deveria ficar de olho?

Com tantas marcas de relevo a procurarem o nosso país, leva me crer que a cena por aqui está de novo em grande forma. Muitos são os festivais e eventos quem têm acontecido nos últimos anos e espero que isso traga muitos e novos seguidores à musica elkectrônica. Os obvios estão aí, Mochack e Vintage Culture, mas tenho tido muitos boas surpresas nas nossas escolhas no Kremlin, venham ouvir.

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