A faixa “Sixth Gear Conversation” faz parte do lado B do disco, que chega oficialmente dia 31 de dezembro
“Discos: concepção abstrata; Vinil e CD, rádio ou tevê; Natureza humana pacata; Não há nada para ver!” (Allan Caetano Zanetti – Natureza Humana)
Há um contraponto no poema acima, entendemos que a era digital ao mesmo tempo que nos prende ao celular, nos desprende de objetos físicos quando o assunto é música. Basta dar o play em qualquer interface de áudio e voilá! Temos um som limpo para escutar. Na era do vinil também, com a diferença de que tínhamos que ter um cuidado especial com a agulha e também ao virar o disco — além de claro, um cuidado com armazenamento e outros processos.
O contraponto do poema nos foi entregue pelo duo Duc In Altum, porque há sim algo para se ver, ouvir e tocar. Em um clima saudosista dos colecionadores de vinil que ainda colorem nossa sociedade, o duo lança uma obra apenas em vinil, que deverá resgatar em muitos ouvintes o desejo de se ter uma vitrola para compor sua sala de visita. Compondo o VA da gravadora Synthetic Gold, a faixa “Sixth Gear Conversation” traz uma aura de preciosidade, cuidado e dedicação dos artistas e da gravadora com a obra.
Na ativa desde 2013, Arjana Vrhovac e Eric Frizzo, vem eletrizando as noites de São Paulo trazendo sua mistura de Dub Techno, Minimal House e pitadas de surpresa para pistas renomadas como Madame Satã, Trackers, Aloca, Garage, Lions, Clash, D-Edge, dentre outras. Duc in altum significa: “alcançar o mais alto e o infinito, sempre buscando o melhor” e a dupla entrega exatamente isso, conectando conversas entre batidas sofisticadas em um clima atmosférico que traduz a noite de São Paulo, cidade de origem do duo.
Por meio de pesquisa diligente e atenção cuidadosa, a Synthetic Gold Records compila coleções do melhor Techno e House music. No VA da gravadora, além do Duc In Altum, temos nomes como Logdam, Cesare Vs Disorder & Weg, Kappen e Katie Drover, lançando suas obras remasterizadas e apresentadas em vinil de 180 gramas, especialidade da label.
Algo que só os colecionadores de qualquer coisa entendem, pegar uma obra em mãos, dispor de um espaço único para guardar, conservar e se deliciar em momentos especiais com a obra adquirida, não tem preço. No caso do vinil, o apreço é inigualável pois traz a arte impressa dedicada ao conceito musical e ao artista, em alguns casos, um pôster que vira um quadro e a simples ação de colocá-lo pra tocar se tornam pequenos prazeres que trazem um pouco de luz na rotina cinzenta das cidades.
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