REVIEW: ULTRA MUSIC FESTIVAL É UMA EXPERIÊNCIA QUE VOCÊ PRECISA VIVER

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REVIEW: ULTRA MUSIC FESTIVAL É UMA EXPERIÊNCIA QUE VOCÊ PRECISA VIVER


Todo amante de música eletrônica tem que experimentar o que é a intensa sequência entre Miami Music Week e Ultra Music Festival

Um dos maiores e mais icônicos festivais dedicados exclusivamente à música eletrônica, o Ultra Music Festival fez história mais uma vez em sua 23ª edição. Passando pelos mais diversos gêneros dentro do universo da música eletrônica, o Ultra reuniu mais de 100 artistas em um lineup invejável, dividido em 3 dias e 7 palcos.

A primeira coisa que vale a pena notar é que, apesar da estrutura impecável e de tudo ser de altíssimo nível, o Ultra é mais simples e direto ao ponto do que festivais como Tomorrowland e EDC, que têm toda uma história e uma magia em volta. Mas muitas coisas me surpreenderam nele:

Primeiro, pelo fato de ser um festival no meio da cidade – literalmente. Você está no Centro de Miami, cercado por prédios, andando no meio da avenida… é uma mistura de uma estrutura de alto padrão com o lado urbano muito integrado. Além de estar ligado ao canal marítimo de Miami, então tem muita natureza em toda parte. E os camarins, áreas de imprensa e tudo mais estão em um iate. Inclusive a área de socialização dos artistas é uma prainha, com areia e tudo. Sem falar que não tem aquele negócio de você ter um baita perrengue e ir para longe demais para ir no festival: é logo ali.

Agora outra coisa que jogou o UMF num outro patamar para mim, é o fato dele encerrar o Miami Music Week, semana dedicada a label parties das principais gravadoras da música eletrônica. O ponto é que, durante toda a semana, Miami respira dance music. Os maiores artistas estão lá e, apesar de muitas das pool parties rooftop parties em hotéis e resorts não serem lá grandes coisas, são inúmeras acontecendo ao mesmo tempo e algumas festas se sobressaem demais. Tive a oportunidade de viver um showcase da Rose Avenue, gravadora do Rüfüs du Sol, no SPACE, um dos clubs mais respeitados dos EUA. Um Afterlife com Tale Of Us quebrando tudo em um espaço open air e com telão vertical, na Factory Town, espaço de eventos que recebeu inúmeras festas simultaneamente. Foi lá que vivi a divertida Elrow, com um lineup que ia de Chris Lake e LP Giobbi aos b2bs de Lee Foss e Mau P, além de MK e Sonny Fodera. A BOMA, do nosso brasileiro Vintage Culture, foi uma das mais bem produzidas e teve um b2b de Lukas com ninguém menos que Nic Fanciulli.

Eram tantas festas e atrações incríveis acontecendo ao mesmo tempo que não tinha como não sentir aquela sensação de FOMO (“fear of missing out”), já que era impossível estar em todos os lugares. Perdi Black Coffee, ANOTR, WhoMadeWho, a festa da incrível Higher Ground – label do Diplo –, festas da Solid Grooves, Defected e tantas outras, simplesmente porque não tinha como ir em tudo.

Porém, focando no Ultra Music Festival, o lineup recheado de atrações que iam dos grandes headliners Swedish House Mafia a Kx5, Carl Cox, Eric Prydz, Charlotte de Witte e Martin Garrix entregou muito. Minha única reclamação vai para os horários conflitantes de atrações, teoricamente, imperdíveis. Ao mesmo tempo você teria que escolher entre SHM e Kx5 – o projeto de Deadmau5 com Kaskade que acabou de lançar um excelente álbum de estreia –, além de Carl Cox. Para conseguir pegar os fogos e encerramento do primeiro dia, que tinha Martin Garrix no Main Stage, tive que sair correndo do meio do set do impressionante HOLO, show holográfico super tecnológico do Eric Prydz.

Fiz questão de ver sets de grandes nomes do EDM e do pop, como Zedd, Nicky Romero, Martin Garrix e outros, mas as grandes surpresas estavam nos b2bs inusitados que já são uma característica do festival: Maceo Plex x Michael Bibi e Testpilot (projeto paralelo do Joel Zimmerman – o Deadmau5) x Hi-Lo (projeto paralelo do Oliver Heldens) foram dois de tirar o fôlego no palco RESISTANCE Megastructure. O do Armin Van Buuren com Ferry Corsten no Worldwide Stage (um dos palcos mais diferenciados, com sua estrutura em meia-lua) também atraiu uma multidão para ouvir os clássicos do trance. E o b2b do Vintage Culture com o australiano Dom Dolla foi um dos pontos mais altos do segundo dia do Main Stage.

Para os mais nostálgicos, Hardwell fez um set surpresa no UMF Radio, tocando só suas faixas clássicas, e pude acompanhar de trás do palco enquanto cumprimentava nomes como Joel Corry e Dada Life. Charlotte de Witte desceu a mão e representou muito bem o techno no Main Stage, enquanto Eric Prydz continuou puxando os limites com seu show HOLO. No Live Stage o destaque ficou por conta do duo com estética cyber punk Kasablanca.
Infelizmente não pude ficar no último dia, quando algumas das atrações mais aguardadas tocaram: Swedish House Mafia e Kx5. Quanto aos suecos, Steve Angello e Sebastian Ingrosso ainda fizeram um afterparty no club STORY, que contou com presenças especialíssimas, como David Guetta.

Em termos de arte e tecnologia, o festival ainda teve instalações muito bonitas e um show de drones antes dos últimos headliners de cada dia. O clima praiano, as máquinas de fazer bolhas e o fato de encontrar pessoas do mundo inteiro com a melhor energia, reunidas ali pela música, deram o toque especial neste evento que vai ficar marcado pra sempre em minha memória. 

As vendas para a edição de 2024 do Ultra Music Festival já estão abertas e você pode garantir seu ingresso clicando aqui. Além disso, nosso país receberá nos próximos dias 21 e 22 a edição nacional do festival e você pode saber de tudo aqui. Não perca.


 

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