No mês das mulheres o palco é delas e não tem discussão, é preciso avaliar e cuidar para que a cena seja cada vez mais equilibrada, seja nos line ups, nas mídias, enfim, na cena como um todo. Desde a profissional da limpeza a produtora de evento, da caixa a DJ, das redatoras, jornalistas e formadoras de opinião, a cena é delas. Das mulheres cis, trans, pretas, das mulheres que sonham e que fazem do cenário eletrônico um lugar melhor, um lugar igual, um lugar justo, um lugar seguro para que todos possam estar.
Este mês e todos os meses, todos os dias, elas precisam desse reconhecimento, deste lugar para expor sua sonoridade, sua luta e seu poder. Sem mais delongas, destacamos as artistas que vêm trazendo cor e luz para a house music e seguem inspirando o movimento para que cada vez mais mulheres se empoderem do seu talento e dos decks.
Nega Nervous
Ana Carolina aka Nega Nervous é conhecida por sua busca incansável pela qualidade e boa seleção de faixas de house music, disco, hip hop em seus sets. A santista, presença frequente na cena clubber paulistana, passou da pista para os decks tocando hip hop no Terra Madre paulistano no ano 2000. Logo na mesma boate ela organizou a festa de black music Black Nervous, tornando-se Nega Nervous.
Bruna Moura a.k.a Lycra Preta
A curitibana Bruna Moura começou a tocar aos 14 anos e, aos 16, teve a grande responsabilidade de ser residente do lendário D-Edge de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, unidade que foi aberta antes da mudança do clube para São Paulo. Ao mesmo tempo que a DJ vencia o tabu de ser a primeira garota em uma cena dominada por artistas homens, ganhava mais espaço tocando nas principais casas noturnas do centro-oeste, mandando sets em vinil e surpreendendo o público com seu enorme talento.
Aline Rocha
Aline Rocha é natural de Franca, interior de São Paulo e inspira a todos com sua garra e determinação, coisa que todo o mercado fonográfico admira. Com 16 anos de carreira, durante a pandemia, conseguiu resgatar suas raízes na house music e participar do maior festival do gênero no mundo, da gravadora inglesa Defected Records.
Mary Zander
Conhecida como primeira-dama da cena house music carioca, Mary Zander, toca uma mistura contagiante que varia do deep ao tech house. Com mais de 10 anos de experiência, Mary é residente do Warung Beach Club, onde já tocou ao lado de nomes importantes como Lee Burridge, Fatboy Slim, 16 Bit Lollitas, Radio Slave, Matthew Dekay, Miss Nine, entre outros, reafirmando a potência de seu talento.
Mary Olivetti
Com uma sólida carreira na música ao longo de 20 anos, Mary é obcecada pelo futuro e pelo passado da house music, mesclando sua expertise musical entre o deep, funk, disco, entre outras vertentes que levam o público ao delírio durante seus sets. Mary já se apresentou em festas e festivais renomados, a exemplo do Rock In Rio, onde deixou sua marca no coração do público carioca com um senso de perspectiva histórica e uma profunda conexão com a pista.
Valentina Luz
Modelo, performer e DJ, Valentina passou a frequentar o circuito underground de música eletrônica e ganhou destaque na cena paulistana dançando e discotecando em festas como a Mamba Negra, na qual hoje atua como DJ e performer residente. Valentina integra a sigla LGBTQIA´s e sabe como ninguém que a luta dentro da house music e outras esferas do eletrônico são diárias e não apenas em seus shows. A artista segue inspirando a todos com sua luz e talento, tendo tocado no icônico Boiler Room, alçando voos extremamente significativos na carreira e vida pessoal.
Vivi Seixas
A DJ e produtora Vivi Seixas é antes de tudo uma grande entusiasta da house music, fazendo com que ela se aprofundasse nas variadas subvertentes que se conectam com a força de sua sonoridade. Vivi traz uma identidade sonora bem fundamentada em basslines cativantes e firmes e grooves pesados que agitam e emocionam seu público. Em 2016, a artista foi premiada pelo DJ Sound Awards como a melhor DJ de deep house do Brasil e segue em uma linha crescente admirável.
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